Na providência de Deus
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A providência de Deus resumida na Confissão de Westminster
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A providência de Deus revelada na Escritura

Nota do editor: Este é o segundo de 7 capítulos da série da Revista Tabletalk: Providência.

Você já ouviu um não-cristão dizer: “Tudo acontece por uma razão”? Eu já, e provavelmente mais vezes do que posso contar. Não sei o que pensar quando ouço isso. Por um lado, fico feliz quando um não-cristão expressa dúvidas de que situações aconteçam sem um propósito. Afinal, pode-se passar rapidamente da crença de que algumas circunstâncias não têm propósito, para a crença de que a vida não tem propósito, para o puro niilismo que dá frutos no suicídio ou no comportamento sociopata. Por outro lado, sei que quando a maioria dos não-cristãos confessa que tudo acontece por uma razão, eles não têm o motivo certo em mente. Geralmente estão apenas admitindo a crença de que o destino cego e impessoal controla tudo. Mas é claro, como pode o destino cego e impessoal ter uma razão para tudo? O propósito vem apenas de agentes pessoais que fazem um plano e o seguem. Se tudo acontece por um motivo, algo — ou melhor, Alguém — deve decidir o motivo.

Como cristãos, sabemos que tudo acontece por uma razão porque o Deus trino e pessoal criou tudo e tem um plano para tudo o que acontece. Ele é soberano sobre tudo, de modo que nem mesmo um pardal pode cair no chão sem Sua vontade (Mt. 10:29). Ele realiza todas as coisas, não apenas algumas coisas, de acordo com o conselho da Sua vontade (Ef. 1:11). Isso, essencialmente, é o que os teólogos entendem por “providência”: Deus tem um plano e um propósito para o mundo e governa a história de tal forma que tudo, do menor ao maior, contribui para a realização desse plano e propósito. Ele não é apenas um observador passivo da história; em vez disso, Ele a projetou para cumprir um propósito específico e a dirige para que certamente cumpra tal fim.

O acaso não existe

Todos os cristãos têm alguma doutrina da providência de Deus porque a Bíblia ensina claramente que Deus governa todas as coisas. Não conheço nenhum crente professo que negue que o Senhor esteja no controle das grandes coisas, como eleições presidenciais, furacões ou guerras mundiais. No entanto, na doutrina bíblica da providência, não estamos limitando o controle de Deus apenas aos elementos principais da história. Estamos falando até das menores coisas, até mesmo do jogar de dados. Provérbios 16:33 diz: “A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda decisão.” O jogo dos dados, que seria um equivalente atual da antiga prática de lançar a sorte, parece ter um resultado totalmente aleatório. Mas não é assim. O resultado dos dados depois de lançados é exatamente o que o Senhor ordenou.

Mas é claro que para Deus obter os resultados do jogar de dados que Ele ordenou, muitas situações têm que acontecer. Tem que ser jogado com a quantidade certa de força. Se for jogado com muita força os dados cairão além do número ordenado. Se for com pouca força não rolará o suficiente. Então, Deus tem que regular o braço do lançador de dados para obter o resultado que Ele deseja. E se houver uma leve brisa ou os dados estiverem sendo jogados sob uma ventilação de ar condicionado? Bem, em ambos os casos, a força do ar vai desempenhar um papel, por menor que seja, no resultado da jogada de dados. Esse é outro aspecto para o Senhor dirigir a fim de obter o resultado escolhido. Mas o movimento do ar está relacionado à temperatura da sala, que está relacionada ao movimento das moléculas do ar, que é determinado pelos átomos nas moléculas e, finalmente, pelas partículas subatômicas. Eles têm que se mover da maneira certa para criar a temperatura certa para criar as condições necessárias para que os dados cheguem no número que o Senhor escolheu. E isso é uma grande simplificação. Quando você chega ao nível subatômico, a situação fica realmente complicada.

Todos os cristãos têm alguma doutrina da providência de Deus porque a Bíblia ensina claramente que Deus governa todas as coisas.

Tudo isso quer dizer, como o Dr. R.C. Sproul nos lembrava com tanta frequência que não há uma “molécula independente” em toda a criação operando fora do controle e direção soberanos do Senhor. Não pode haver, pois se o menor elemento se extraviar, os efeitos em cascata podem mudar tudo. Em última análise, como o Dr. Sproul também nos lembrou, o acaso não existe.

A providência cotidiana

Entender que o acaso não existe deve reformular dramaticamente nossa visão da vida cotidiana. Sejamos sinceros: a maioria de nós não somos pessoas muito importantes aos olhos do mundo. Teremos uma influência duradoura em talvez um punhado de indivíduos e seremos rapidamente esquecidos depois de morrermos. Por causa disso, é muito fácil pensar que nossas ações não importam ou que Deus não está tão envolvido. Podemos pensar que Ele está envolvido nos assuntos dos líderes mundiais, mas que certamente não presta muita atenção ao resto de nós enquanto trocamos fraldas, tentamos manter nossos adolescentes longe de problemas, trabalhamos longas horas para pagar a hipoteca, conversamos com os vizinhos, lutamos para ir à igreja toda semana, relaxamos à noite, brincamos o mesmo jogo com nosso filho pela enésima vez, estudamos para a próxima prova, etc.

A verdade da providência de Deus nos diz o contrário. Por um lado, providência significa não apenas que Ele está governando e dirigindo todas as coisas, mas também que está sustentando todas as coisas. Hebreus 1:3, por exemplo, revela que Deus por meio de Seu Filho sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder”. Deus não apenas criou tudo, mas preserva tudo (Ne. 9:6). Como tenho dito a meus filhos recentemente, se o Senhor parasse de sustentar a existência do mundo, tudo — inclusive nós — desapareceria imediatamente ao nada. A cada momento, somos completamente dependentes da continuidade de Deus para sustentar Sua criação. O universo não avança com seu próprio poder.

Da verdade da providência sustentadora de Deus, podemos inferir corretamente que o Senhor pensa que há algo muito importante em tudo na criação, mesmo as coisas que consideramos mais mundanas. Nosso Criador não desperdiça Seu tempo e energia, por assim dizer, em situações triviais. O próprio fato de que Ele sustenta tudo, incluindo nossas vidas e decisões comuns, significa que elas têm valor. Esse valor, é claro, não vem definitivamente de nós; em vez disso, o valor é encontrado em como Deus faz com que todas as coisas cooperem para nosso bem e Sua glória, em como Ele entrelaça tudo em Seu plano soberano (Is. 43:6-7; Rm. 8:28). Como Romanos 11:36 expressa: “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”.

Assim, o governo e o sustento de Deus funcionam naquilo que é comparativamente pequeno na vida. Nossa escolha de comer frango e não peixe no jantar, nossa seleção das flores para plantar em nossos jardins da frente, nossa preferência por futebol ao invés de beisebol, nossa decisão de tomar uma rota panorâmica e não a estrada mais direta, nosso pedido por um corte de cabelo mais longo ou mais curto, nossa opção por nossas filhas terem aulas de balé em vez de ginástica olímpica… tudo é governado e dirigido pelo Senhor e, portanto, tem valor em Seu plano. Esta verdade não pretende nos paralisar. Não vamos fazer com que o reino de Deus saia dos trilhos se escolhermos frango em vez de peixe. De fato, uma decisão como essa, sendo todas as coisas iguais, é indiferente. Não é inerentemente pecaminoso nem inerentemente justo comer frango ou peixe. No entanto, a escolha que fazemos, mesmo em um assunto aparentemente insignificante, tem ramificações para o reino que não podemos imaginar.

A providência de Deus opera em assuntos extraordinários para realizar Seu plano somente se Ele também controlar as situações nos assuntos cotidianos.

Em outras palavras, a providência de Deus é uma realidade cotidiana. A Bíblia não revela o deus do deísmo, que é principalmente despreocupado e não envolvido com sua criação. A Escritura nos apresenta o único Deus verdadeiro, que está próximo (Jr. 23:23-24) não apenas no sentido de que Ele está presente em toda parte com Sua criação, mas que está presente nos e através dos eventos da criação e das decisões de Suas criaturas. Ele permanece distinto, mas não se engane, Sua mão está sustentando essas situações e orientando-as enquanto realiza tudo — não apenas algumas coisas — de acordo com o conselho de Sua vontade (Ef. 1:11).

A providência extraordinária

Nossas escolhas aparentemente insignificantes não vão desviar o plano de Deus, mas e as decisões e ações maiores e que tem mais consequência? Isso também não vai arruinar o plano do Senhor, porque Sua providência opera não apenas no que é cotidiano, mas também no que podemos chamar de extraordinário, ou seja, aquelas ações que afetam mais claramente o curso da história mundial e a expansão do reino de Deus. De fato, podemos dizer que, porque a providência do Senhor governa o que é cotidiano, também deve governar o que é extraordinário.

Daniel 2:21 diz que Deus “remove reis e estabelece reis”. Poucos fatores são mais diretamente relevantes para o resultado da história do que os governantes do mundo. A ascensão e queda de reis constitui uma das situações extraordinárias que devem acontecer precisamente de acordo com a intenção de Deus para que Seu plano para a história e para Seu povo seja realizado. Consideraremos a ascensão do rei Ciro, o Grande, ao trono persa em 538 a.C. para ajudar a ilustrar isso.

Duzentos anos antes, muito antes da Pérsia ser um ator importante no cenário mundial e antes mesmo de Ciro nascer, antes do exílio de Judá na Babilônia, o profeta Isaías previu que Ciro subiria ao poder, conquistaria e libertaria os exilados da Judeia para retornar à sua terra natal (Is. 45:1-13). Mas é claro que, para que isso acontecesse, era necessário um grande número de eventos e decisões para que Ciro se tornasse líder da Pérsia e governasse de tal maneira que os judeus pudessem voltar para casa. Primeiro, os judeus devem ser exilados para a Babilônia. Mas isso só pode acontecer se a Babilônia conquistar o aparentemente todo-poderoso Império Assírio, a potência mundial reinante nos dias de Isaías. Mas a Babilônia só faz isso se os imperadores assírios tomarem várias decisões ruins e os babilônios se tornarem mais eficazes do que a Assíria no campo de batalha. Para que isso aconteça, os bons estrategistas precisam se destacar na Babilônia e o rei assírio terá que seguir maus conselheiros ou tomar más decisões por conta própria. Mas você não pode ter bons estrategistas na Babilônia sem que eles recebam a educação e a experiência adequadas, o que requer o nascimento desses estrategistas nas famílias certas que podem fornecer essa educação e experiência. Então, essas famílias são formadas apenas pelas decisões corretas de casamento e assim por diante. Por outro lado, conseguir conselheiros pobres na Assíria requer uma cadeia semelhante de eventos.

Para Ciro chegar ao poder, ele deve primeiro existir, então o casal certo deve se unir para produzir a criança. Para chegar a esse ponto, duas famílias precisam concordar que a mãe e o pai de Ciro se casem. Cada pai deve chegar à idade fértil para que o futuro imperador seja concebido, então sua mãe e seu pai devem ser protegidos de acidentes, doenças e muito mais que possam matá-los antes que ele nasça. E para que isso aconteça, os avós de Ciro devem tomar as decisões corretas ao cuidar dos seus pais à medida que crescem, o que significa que os bisavós de Ciro precisam tomar as decisões certas ao criar seus avós e assim por diante.

Estou simplificando, mas o ponto é que Deus não pode de forma alguma ordenar e controlar a ascensão de alguém como Ciro e a libertação dos judeus sem governar inúmeros pequenos detalhes, como decisões dos pais e histórias pessoais. Isso tem que chegar até o nível genético, pois Ciro só pode chegar ao trono se seu sistema imunológico o mantiver vivo por tempo suficiente para que ele assuma o poder. Se mesmo a menor situação der errado em algum ponto — por exemplo, ele herda uma propensão genética para uma doença fatal — então tudo está perdido.

As decisões e as ações tomadas têm um efeito em cascata. Retroceda o suficiente a linha do tempo da história dos atores em um evento extraordinário, veremos que se torna realidade somente depois que milhões de pequenas decisões tomadas — por inúmeras pessoas diferentes — convergem para colocar a pessoa indicada nas circunstâncias certas no momento ideal para fazer as escolhas que trazem o evento à tona. Para o Messias nascer da linhagem de Davi (Is. 11:1-10), conforme profetizado, a linhagem tem que sobreviver até o nascimento do Messias. E a linhagem de Davi sobrevive apenas se inúmeras decisões dos seus membros, bem como outros fatores fora do controle da linhagem de Davi, contribuem de alguma forma, mesmo que pequena, para a sua preservação. Isso fica claro no livro de Rute, onde uma série de eventos aparentemente fortuitos termina no casamento de Boaz e Rute, precursores de Davi. Tudo isso é para dizer que a providência de Deus opera em assuntos extraordinários para realizar Seu plano somente se Ele também controlar os assuntos cotidianos. Tudo acontece por uma razão porque Deus faz com que tudo aconteça por uma razão.

Providência em e por meio de nós

O que isso deve nos comunicar é que a escolha entre frango e peixe, embora em si não seja geralmente uma decisão moral ou imediatamente consequente, não é, em última análise, inconsequente. Essa escolha pode, por exemplo, desempenhar um papel na criação de uma alergia em um futuro descendente, que então opta por não ir ao restaurante de frutos do mar, mas a uma cafeteria, onde conhece a garota que adora o café da loja e eventualmente se casa com ela, e dão origem ao influente evangelista, juiz ou presidente que molda a história mundial. E pense, os pais desse líder nunca teriam se conhecido se seu ancestral mais remoto tivesse escolhido frango em vez de peixe ou vice-versa.

Ao mesmo tempo, enquanto a providência de Deus governa todas as coisas, Ele não é um grande mestre de marionetes puxando todas as cordas de tal forma que nossas decisões não são verdadeiramente nossas, que nossas motivações não importam e que não temos nenhum impacto real sobre o curso da história. O Senhor trabalha em e por meio de nossas decisões, ações e motivações de tal maneira que elas permaneçam nossas decisões, ações e motivações enquanto, no entanto, cooperam para o cumprimento dos propósitos de Deus. Nossas decisões, ações e motivações coincidem com as decisões, ações e motivações do Senhor no sentido de que elas cooperam, de acordo com a natureza de cada ator, humano e divino, para fazer acontecer o que Deus ordenou. Os teólogos chamam isso de doutrina da concordância, que é melhor explicada observando algumas ilustrações bíblicas.

Uma das ilustrações clássicas é a vida de José, particularmente como ele resume sua experiência. Depois de ter sido vendido como escravo por seus irmãos, sofrendo maus-tratos no Egito, subindo à direita de Faraó e reconciliando-se com sua família, José diz a seus irmãos: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.” (Gn. 50:20) Quando os irmãos de José o venderam como escravo, eles tinham apenas uma intenção pecaminosa de acabar com ele. Esse foi o motivo de sua ação. O Senhor, porém, tinha um plano diferente. Ele queria levar José para o Egito para que José pudesse finalmente se juntar à corte de Faraó e salvar não apenas o mundo da fome, mas particularmente a linhagem escolhida de Abraão. Seu meio de realizar essa boa intenção e alcançar o resultado benéfico foi permitir que os irmãos de José desenvolvessem uma má intenção e agissem em suas ações pecaminosas para que José pudesse entrar no Egito em primeiro lugar. Deus fez tudo isso sem ter uma má intenção ou fazer o mal. Mas as intenções e ações dos irmãos e do Senhor, embora fundamentalmente diferentes, concorreram de tal maneira que José foi enviado ao Egito.

Em seu ensino sobre a providência, muitas vezes o Dr. Sproul também olhava para Jó 1 para ilustrar a concordância. Neste capítulo, Satanás procura destruir Jó, o Senhor permite que ele vá atrás de Jó e os caldeus roubam seus camelos. Tudo se encaixa e Jó sofre uma grande perda, mas todos agem de maneiras diferentes e são motivados de maneiras diferentes. Satanás procura desacreditar Jó como um servo fiel do Senhor e então incita as situações contra Jó. O Senhor procura reivindicar Jó como seu servo fiel permitindo que Satanás aja contra Jó. Os caldeus não conhecem o diálogo entre Deus e Satanás; apenas vêm um homem rico e desejam seus bens para si mesmos e roubam de Jó. Tudo opera de maneiras diferentes, mas Jó não sofre perdas financeiras, a menos que Satanás queira desacreditá-lo, Deus permite que ele trabalhe e os caldeus vejam e desejem a riqueza de Jó. Esses três elementos cooperam para causar o sofrimento de Jó, mas Deus permanece completamente santo e justo.

Provavelmente a melhor ilustração de concordância é a crucificação de nosso Senhor e Salvador. Ao considerar os diferentes atores do evento, vemos muitas motivações e ações diferentes. (Embora, nos exemplos que se seguem, notemos que as três pessoas da Trindade, em última análise, compartilham a mesma motivação e estão cada uma envolvida na ação das outras, no desenrolar da salvação podemos enfatizar obras particulares associadas a cada pessoa). Judas traiu Jesus porque foi motivado pelo dinheiro. As autoridades judaicas não gostaram da aclamação que Jesus estava recebendo e foram ameaçadas por suas críticas. As autoridades romanas só queriam que os judeus parassem de discutir para que sua disputa não se transformasse em uma revolta. Satanás queria pôr fim ao ministério de Cristo e Seus ataques contra o reino demoníaco. Jesus foi voluntariamente à cruz para expiar os pecados de Seu povo e obedecer a Seu Pai. O Pai enviou Jesus à cruz para cumprir Suas promessas de salvação a Seu povo. O Espírito Santo sustentou Jesus na cruz para que a expiação efetiva fosse alcançada e o Salvador glorificado (Is. 53; Mt. 26:3-5, 14-16; 27:24-26; ​​Jo 3:16; 11:45-49; Rm. 8:32; Hb. 9:14; Ap. 12:4). Todos os participantes do maior ato da história redentora tiveram que agir para que a expiação acontecesse e, embora cada um diferisse em motivações e ações, tudo cooperou para realizar os planos e propósitos do Senhor. Deus governou tudo isso sem errar ou violar as vontades dos atores individuais. Como Pedro disse à audiência no Pentecostes: “Sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (At. 2:23).

Tudo por um motivo

A providência de Deus significa que tudo acontece por um motivo, tanto o que é grande quanto o que é pequeno, bom ou ruim. Por fim, isso é por uma boa razão, pois na providência, Deus está operando tudo de acordo com o conselho de Sua perfeita e boa vontade (Ef. 1:11). Muito mais poderia ser dito e será elaborado nos próximos artigos, mas vimos o básico do ensino bíblico: o governo providencial de Deus opera tanto no cotidiano quanto no extraordinário e opera no que Suas criaturas fazem. De fato, Ele é soberano sobre tudo o que acontece, dando propósito a tudo, mesmo que não possamos discerni-lo. Além disso, Sua providência soberana que controla tudo não torna o que fazemos sem sentido. Sem ela, nada tem significado.

Este artigo foi publicado originalmente na Tabletalk Megazine.

Robert Rothwell
Robert Rothwell
Robert Rothwell é editor associado da revista Tabletalk, escritor sênior do Ministério Ligonier e professor adjunto permanente no Reformation Bible College em Sanford, Flórida.