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julho 28, 2022Bem-aventurados os pacificadores

A
maioria de nós desejamos a paz e muito poucos de nós estamos dispostos a trabalhar por isso. Se passarmos rapidamente pelas bem-aventuranças, podemos confundir a pacificação com uma qualidade passiva, possuída por pessoas que cuidam de seus próprios negócios. Sua virtude é encontrada, principalmente, em evitar conflitos. Mas esse certamente não é o ensino que Jesus pretendia. Um pacificador não evita o conflito. Um pacificador se envolve no conflito, não para inflamá-lo, mas para resolvê-lo. Um pacificador é aquele cuja postura é primariamente ativa; implacável na busca pela justiça, harmonia, arrependimento e reconciliação. A vida de Jesus, o supremo Pacificador, revela quão difícil e perigosa é essa tarefa.
Quem são esses pacificadores entre nós hoje, e como podemos nos unir a esse número abençoado? A pacificação que Cristo concebeu e encarnou tem duas direções: uma para com Deus e a outra para com o homem. Seguindo os passos de seu Mestre, os cidadãos do reino de Cristo são chamados a trabalhar com ambos os objetivos diante deles. Essencialmente, os pacificadores são aqueles que proclamam e aplicam o evangelho no evangelismo e na resolução de conflitos. Se quisermos nos unir a eles, devemos aperfeiçoar nossa habilidade de aplicar as boas novas em todas as situações de conflito.
Para ter sucesso nessa iniciativa, devemos agir a partir de um lugar de paz pessoal e reconciliação com Deus. O pacificador só poderá se esforçar para levar paz às outras pessoas se possuir essa dádiva que recebemos pela graça. Tendo provado e visto que Deus é bom, eles descobrem que o maior desejo do seu coração é que os outros tenham paz com Deus e com aqueles ao seu redor.
As palavras de Cristo são uma repreensão útil para aqueles de nós que estão animados com a possibilidade de um debate teológico, mas desanimados com a ideia de uma reconciliação pessoal. Jesus realmente advertiu que Sua verdade traria contenda, mas a essência de sua missão era pacificar. Se encontramos paz com Deus, a busca da paz com e para os outros deve ser um objetivo central nosso também.
Essa não é uma tarefa que pode ser realizada com nossas próprias forças. A paz só pode florescer nos corações que experimentaram mudanças profundas e permanentes. A graça gratuita e imerecida que garantiu nossa paz com Deus é a mesma graça necessária para promover a paz no coração dos outros. Lembre-se disso quando você estiver sofrendo por conflitos entre seus entes queridos e Deus ou entre membros de sua igreja e comunidade. Graça é aquilo que precisamos. Cubra com oração seus esforços de pacificação. Peça a Deus para honrar sua tarefa imperfeita por amor ao Filho, quem é supremamente fiel.
A bênção prometida aos pacificadores é a notável aprovação dos “filhos de Deus”. No capítulo três do evangelho de Mateus, testemunhamos que durante o batismo de Jesus, Deus proclamou dos céus: “Este é o meu Filho amado”. Agora Jesus oferece um título muito semelhante aos cidadãos de Seu reino. Como isso nos encoraja! Buscar a paz é difícil, mas traz bênçãos.
Enraizados firmemente na paz criada por Cristo, os pacificadores de hoje devem olhar para a Sua vida como um modelo. Sua pacificação rendeu-lhe o ódio dos líderes religiosos e o escárnio de Sua família. Sua pacificação levou-o a um jardim, não para um repouso tranquilo, mas para uma luta à meia-noite; não para um calmo descanso, mas para um cálice transbordando do furor onipotente. Sua pacificação levou-o a uma cruz. Isso o levou “para fora, nas trevas”.
Também lhe concedeu uma coroa, um trono e um povo de cada tribo, língua e nação. Este é o destino dos pacificadores. Seus corpos estão marcados e foram desprezados, mas sua colheita é abundante e seu título não é motivo de vergonha. Eles serão chamados filhos de Deus.