5 coisas que você deve saber sobre o inferno
junho 16, 2025
5 coisas que você deve saber sobre o inferno
junho 16, 2025

5 coisas que você deve saber sobre tomar decisões à luz da Bíblia

Nota do Editor: Este artigo faz parte da série da revista Tabletalk: 5 coisas que você deve saber.

Decisões, decisões, decisões. Em um único dia, todos nós tomamos incontáveis decisões. É verdade que algumas parecem triviais (comum ou descafeinado?), enquanto outras sem dúvida têm muito mais impacto na vida (qual faculdade devo cursar? Devo aceitar esta oportunidade de trabalho? Quem devo escolher para ser meu cônjuge?). Em tudo isso, os crentes querem a ajuda e a orientação de Deus. Embora não seja uma lista exaustiva, aqui estão cinco coisas que todo cristão deve considerar ao tomar decisões biblicamente corretas.

1. A tomada de decisões bíblicas é baseada na Bíblia.

Ao afirmar o óbvio, a Bíblia não é apenas uma voz entre muitas iguais entre as quais podemos escolher. É a única fonte infalível de sabedoria, conselho, direção e orientação. A Bíblia não é meramente um livro de informações; é a própria voz do nosso Deus, como se Ele estivesse falando conosco com “Seu próprio fôlego” (2 Tm 3:16). Ou, para expressar de outra forma, a Bíblia não é apenas informativa; é relacional. Este é o nosso amoroso Pai celestial que nos dá Sua orientação em nossa tomada de decisões. Portanto, qualquer decisão que seja uma clara transgressão das Escrituras não é apenas uma rejeição à Bíblia; é uma rejeição ao nosso Pai. E, inevitavelmente, haverá consequências.

2. Tomar decisões biblicamente é um processo acompanhado de oração.

A tomada de decisão bíblica é relacional. Deus ouve, se importa e responde. Não estamos apenas pesquisando um guia impessoal; estamos pedindo orientação ao próprio guia. Temos um relacionamento com o Autor. É a Sua sabedoria; é o Seu conselho; e foi escrita para o bem de Seus filhos, por quem Jesus morreu e a quem Ele adotou e ama. Ele tem prazer em nos ajudar quando pedimos.

Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? (Mt 7:9-11).

3. A tomada de decisão bíblica é um processo consultivo.

A Bíblia várias vezes recomenda tomar decisões sábias consultando a sabedoria dos outros. “Os planos mediante os conselhos têm bom êxito” (Pv 20:18). “Mas com os que se aconselham se acha a sabedoria” (Pv 13:10). É claro que os “outros” devem ser cristãos piedosos, maduros, com conhecimento bíblico e que nos conheçam bem. Há grande benefício em consultar aqueles que podem confirmar nossa decisão ou nos alertar sobre potenciais perigos, desafios ou outros pontos cegos que talvez não tenhamos considerado. Isso é comumente ignorado quando aqueles que consultamos são amigos menos maduros ou inclusive não cristãos, que muitas vezes dizem o que queremos ouvir. Portanto, seguimos o requisito de “conhecimento bíblico”, pois “os conselhos do perverso, [é] engano” (Pv 12:5).

4. A tomada de decisões bíblicas é um processo providencial.

A tomada de decisões bíblica leva em conta o que Deus está fazendo em Sua providência soberana como o Deus que está ativamente preservando e governando “todas as suas criaturas, e todas as ações delas” (Breve Catecismo de Westminster p. 11). Sem dúvida, isso não é o único fator para discernir a vontade de Deus ao tomar decisões. No entanto, Deus pode nos dar oportunidades em resposta às nossas orações ou Sua providência pode nos direcionar de uma maneira que não havíamos considerado antes. O povo de Deus pode confiar que Ele nos guiará providencialmente enquanto buscamos Sua orientação com fé.

5. A tomada de decisão bíblica é uma combinação desses princípios (e outros) dada por Deus e endossada pela Bíblia, a serem tomados em conjunto.

Uma das maneiras pelas quais cristãos sinceros acabam fazendo escolhas não tão bíblicas é focando em um aspecto do processo e ignorando os demais. As duas soluções de “fonte única” mais utilizadas, nas quais as pessoas confiam de forma equivocada para encontrar a vontade de Deus, são (1) pensar que somos intérpretes infalíveis da providência divina (“vi esse sinal” ou “tive esse sonho”) e (2) nossos sentimentos (“sinto que é isso que Deus quer que eu faça”). Se uma dessas soluções for escolhida sem considerar as outras, a decisão resultante será desequilibrada. Deus deu toda a Sua Palavra para ser usada em conjunto em Sua promessa de nos ajudar em nossa tomada de decisões.

A paz e a confiança que temos em nossas decisões é que Deus nos ama e sempre cumprirá Seu propósito supremo em cada decisão que tomamos. E mesmo que “cometamos erros” — ainda que sem dúvida possa haver consequências negativas pelas quais somos responsáveis — Deus apesar disso supervisionará nossa vida, com todos os nossos pecados e falhas, para o nosso bem e para Sua glória. A paz e o consolo que nos envolvem, e nos afastam dos ventos furiosos das ansiedades, vêm do fato de que Ele é o Deus que, por Sua vontade soberana, faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que o amam e são chamados segundo Seu propósito (Rm 8:28).


Artigo publicado originalmente em Ligonier.org.

David Boxerman
David Boxerman
O Rev. David Boxerman é pastor emérito da Lakeside Presbyterian Church, em Southlake, Texas, onde serviu como pastor sênior por vinte e dois anos.