Pastorear nunca se torna obsoleto - Ministério Ligonier
éfeso
Problemas em Éfeso
abril 3, 2023
Qual é a nossa justiça?
abril 7, 2023
éfeso
Problemas em Éfeso
abril 3, 2023
Qual é a nossa justiça?
abril 7, 2023

Pastorear nunca se torna obsoleto

pastorear

Nota do editor: Este é o décimo terceiro de 18 capítulos da série da revista Tabletalk: O orgulho e a humildade.

A metáfora bíblica coerente para cuidar da igreja local é pastorear. No entanto, alguns acreditam que essa abordagem está defasada.

No Ocidente, não somos a sociedade agrária que já fomos. Em 1900, metade da força de trabalho nos Estados Unidos eram agricultores, mas no final do século XX, a urbanização apontava que apenas 2 % o eram. A igreja foi afetada, deixou de ser baseada na comunidade para ser movida por interesses. Em algumas congregações, um modelo de negócios hierárquico substituiu a estrutura de pastoreio. Os líderes são ensinados por meio de livros e conferências a dirigir a igreja mais como diretores executivos do que como pastores.

No entanto, nas obras teológicas pastorais das gerações anteriores, a metáfora do pastoreio era consistente. Desde a Regra Pastoral de Gregório Magno no século VI até a de Martin Bucer Sobre o verdadeiro cuidado de almas em 1538 a The Shepherd Leader in our own day [O pastor líder em nossos dias], de Timothy Witmer, muitas obras ao longo dos séculos têm sustentado um modelo atemporal de pastoreio para a igreja. De fato, o título completo do livro de Bucer é Concerning the True Care of Souls and the Correct Shepherd-Service: How This Is to Be Established and Carried Out in the Church of Christ (Sobre o verdadeiro cuidado das almas e o correto serviço de pastor: como isso deve ser estabelecido e realizado na igreja de Cristo).

A Bíblia regularmente nos diz que o Senhor é o nosso Pastor (Sl 23; Jo 10:11; Hb 13:20), que somos como ovelhas (Sl 95:7; 100:3) e que aqueles que são colocados como os bispos da igreja devem cuidar das ovelhas como pastores (Ez 34:15-16). De fato, a palavra “pastor” significa “levar ao pasto” ou “pastorear”.

As igrejas devem garantir que o pastoreio não se torne obsoleto ao cumprir essas três advertências.

Conheça verdadeiramente cada ovelha. Ao nos dizer que Ele é o bom pastor, nosso Senhor afirmou: “Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim” (Jo 10:14). Em uma igreja atenciosa, os líderes devem saber seu nome, quem você é, seu estado espiritual, etc.

Alimente fielmente o rebanho. Após sua restauração após a ressurreição, Pedro recebeu esta admoestação tríplice do Senhor: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21:15-17). Os líderes devem ensinar a Palavra de Deus ricamente à congregação. Proclamar comida sólida do púlpito a cada Dia do Senhor, oferecer estudos regulares da Bíblia, catequizar a juventude e suprir a igreja com recursos confiáveis são todas maneiras de alimentar o povo de Deus.

Proteja sinceramente o povo de Deus. Os falsos mestres que vêm disfarçados de ovelhas, mas são lobos devoradores, são um grande perigo espiritual para a igreja (Mt 7:15). Paulo disse aos presbíteros de Creta que deveriam silenciar aqueles que perturbavam as famílias da igreja com falsos ensinos (Tt 1:11).

Que as palavras do Senhor soem verdadeiras em Sua igreja: “Levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e elas jamais temerão, nem se espantarão; nem uma delas faltará” (Jr 23:4).


Este artigo foi publicado originalmente na Tabletalk Magazine.

Barry J. York
Barry J. York
O Dr. Barry J. York é presidente e professor de Teologia Pastoral no Reformed Presbyterian Theological Seminary em Pittsburgh. Ele é autor de Hitting the Marks [Acertar o alvo].