
3 coisas que você deve saber sobre Colossenses
junho 20, 20253 coisas que você deve saber sobre 2 Pedro

Nota do Editor: Este artigo faz parte da série da revista Tabletalk: 3 coisas que você deve saber.
1. O apóstolo Pedro adverte as igrejas sobre os perigos do falso ensino e da impiedade que ele produz.
Pedro não nomeia esses falsos mestres, porém pelos seus comentários em 2 Pedro 2:1-3, fica claro que eram cristãos professos que se afastaram da fé. Pedro os descreve como introdutores de heresias destrutivas, que negam o Mestre que, segundo afirmam os “resgatou”, enquanto atraem um grande número de seguidores que blasfemam contra o Senhor. A falsa doutrina inevitavelmente resulta em comportamentos pecaminosos. Por causa de sua apostasia, o juízo de Deus sobre eles é garantido.
Com base em várias instruções que recebemos de Pedro, pode ser que essas pessoas tenham usado indevidamente as cartas de Paulo para justificar um comportamento antinomiano (sem lei). Em 2 Pedro 2:19, Pedro escreve: “Prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção.” O apóstolo continua afirmando em 2 Pedro 3:15-16 que há certas coisas nas cartas de Paulo “difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles”. Ao que tudo indica, o conteúdo das cartas de Paulo foi distorcido na era apostólica, assim como ocorre na nossa.
2. Pedro fala de seus leitores como aqueles que possuem uma posição justa diante de Deus por meio da fé.
Pedro escreve: “Conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 1:1). A fé que garante tal posição é um dom de Deus concedido mediante Jesus Cristo — a fonte da justiça de Deus — e, portanto, algo que recebemos (Ef 2:8-9). Todos aqueles que receberam tal fé são considerados da mesma fé que “a nossa” (os apóstolos). Os crentes obtêm essa posição justa diante de Deus por meio do instrumento da fé por meio de Jesus Cristo que, segundo Pedro, é Deus.
Essa posição justa é contrastada ao longo do restante de 2 Pedro com os injustos: os falsos mestres e seus seguidores. Conheciam o caminho da justiça e professavam crer no evangelho que Pedro e os apóstolos pregavam, mas desde então se afastaram dele. Pedro escreve que teria sido melhor para eles nunca terem conhecido o caminho da verdade (2 Pe 2:21), o que contrasta os falsos mestres com um santo do Antigo Testamento, Noé, que era um “pregador da justiça” (2 Pe 2:5). O recebimento do dom da fé diferencia os justos daqueles que inevitavelmente se verão diante do juízo divino por se afastarem da verdade, um assunto tão sério que Pedro aborda ao longo do segundo capítulo de sua carta.
3. Pedro nos informa que os falsos mestres negam que Jesus retornará.
Pedro já descreveu estar com o Senhor no Monte da Transfiguração (2 Pe 1:16-21), onde testemunhou Sua glória. Isso se torna a base da confiança de Pedro nas promessas do Senhor.
Em 2 Pedro 3:3-7, Pedro adverte seus leitores, ao declarar:
Nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.”
Pedro adverte que o mundo que existia há muito tempo (nos dias de Noé) foi “afogado em água” e pereceu. Os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios.”
A confusão sobre o retorno de nosso Senhor era comum na igreja primitiva (podemos pensar nas perguntas e respostas sobre o fim dos tempos nas duas cartas de Paulo aos Tessalonicenses), assim como acontece em nossos dias. Os especialistas em profecias bíblicas fizeram tantas previsões absurdas e irresponsáveis sobre a segunda vinda de Jesus Cristo que aqueles que não são cristãos já não levam em conta os ensinamentos da Bíblia de que Jesus retornará para ressuscitar os mortos, julgar o mundo e fazer novas todas as coisas.
Para confortar seus ouvintes, Pedro os lembra:
Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas (2 Pe 3:9-10).
Por conseguinte, Pedro expressa que os escarnecedores sejam avisados enquanto o povo de Deus permanece esperançoso da glória que ainda está por vir, pois “segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pe 3:13).
Artigo publicado originalmente em Ligonier.org.