A luz do mundo

Nota do editor: Este é o primeiro de 19 capítulos da série da revista Tabletalk: Sal e luz.

Todos os anos, quando chega o mês de julho, já começo a antecipar a época do Natal. Começo a refletir sobre as alegrias do Natal enquanto continuo a experimentar todas as alegrias do verão (dos Estados Unidos). Ao considerar todas as lembranças maravilhosas dos natais passados, minha mente vai para todas as comidas deliciosas, momentos com minha família, reuniões com amigos e lindas decorações, especialmente as luzes. Uma das razões pelas quais os cristãos enfeitam suas casas e árvores com luzes no Natal é para celebrar a vinda de Jesus Cristo como a luz do mundo.

Há algo inexprimivelmente cheio de paz, esperança e glória nas luzes que brilham de forma intensa na escuridão da noite. O brilho de uma única vela na escuridão transmite uma sensação de paz e nos lembra do contraste entre a luz e as trevas, um contraste enfatizado em toda a Sagrada Escritura. Em última análise, “que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 Jo 1:5). Como Deus encarnado, o Verbo feito carne, Jesus Cristo veio ao mundo e declarou: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8:12). Jesus nos disse que os cristãos, visto que estamos unidos a Ele pela fé, refletem Sua luz como a luz do mundo e o sal da terra (Mt 5:13-16).

Sermos a luz do mundo indica que o mundo está em trevas. Sermos o sal da terra aponta para a necessidade do mundo decadente de preservação e resgate da morte. Portanto, Deus nos chama a viver nossas vidas em contraste com o mundo, para que possamos ser “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fp 2:15). Deus não nos diz que devemos nos esforçar para ser sal e luz; Ele nos diz que “somos” sal e luz. Ou seja, em virtude de estar em Cristo, refletir Sua luz, e a luz de Deus que brilha através de nós pelo Espírito Santo, nossa própria identidade é sal e luz.

Deus nos chama das trevas para Sua maravilhosa luz e, então, nos ordena a viver como indivíduos, como famílias e como igreja no meio da escuridão. Não devemos nos isolar do mundo, mas devemos ser embaixadores de Cristo onde quer que formos — no mundo, mas não do mundo — para brilhar a luz do evangelho, demonstrar nosso amor uns pelos outros e fazer boas obras para que as pessoas glorifiquem nosso Pai no céu e adorem a Deus coram Deo, diante de Sua face para sempre (Jo 13:35; 15:19; veja Mt 6:1; 2 Co 5:20).

Este artigo foi publicado originalmente na Tabletalk Magazine.