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Deus deseja que todos orem

Nota do editor: Este é o décimo terceiro de 15 capítulos da série da revista Tabletalk: Conflito na igreja.

Talvez, quando você pensa em oração, pense nos momentos em que sua oração tem vitalidade e vida como o hino: “Doce hora de oração, que me chama de um mundo de preocupação e me ordena a fazer todos os meus desejos e vontades conhecidos no trono de meu Pai.” É bom levar todas as nossas preocupações a Ele, com a certeza de que Ele cuida de nós. É maravilhoso desfrutar da comunhão pessoal com Ele. No entanto, há momentos na vida em que, mesmo quando experimentamos algo bom, podemos viver mais plenamente nessa bondade, e realmente não vemos isso até que alguém nos ajude a ver.

Pense em Timóteo e na congregação em Éfeso. Paulo exortou Timóteo a buscar a fidelidade, ao olhar para Jesus, em meio aos problemas de uma igreja dividida (1 Tm 1:3-20). Timóteo precisava de encorajamento, assim como a congregação, neste momento em que sua visão poderia facilmente se reduzir a seus próprios problemas. A tendência deles, como a nossa em situações difíceis, era que sua visão se encolhesse para dentro, contraindo-se em seu próprio pequeno círculo. É como quando você acerta o polegar com um martelo: de repente o mundo não é muito maior que o seu polegar. Isso é bom por um tempo, mas não se o seu foco permanecer lá.

Desde a visão renovada de Cristo e de sua missão que compartilhou (vv. 12-17), Paulo chama Timóteo, com a congregação, para orar com visão espiritual que se estende além de seus próprios desejos e preocupações: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens” (1 Tm 2:1).

Poderíamos esperar que Paulo dissesse: “Timóteo, ore por você mesmo”, ou talvez: “Timóteo, ore por você e pelos membros fiéis da igreja”, ou até mesmo: “Timóteo, ore por você e por todos da congregação, entre eles os que estão se desviando.” Mas a Palavra de Cristo para Timóteo e para nós é orar “em favor de todos os homens”.

A extensão é impressionante. Isso significa que precisamos orar por cada pessoa do mundo? Existem bilhões de pessoas. Embora possamos e devamos orar genericamente pelo mundo inteiro, nosso Senhor não espera que oremos por cada pessoa individualmente; Ele conhece nossas limitações. O que Ele deseja é que tenhamos uma visão ampla na oração, um coração grande para orar por todos os tipos de pessoas que conhecemos, porque assim o refletimos (2:3-4). Para nós, isso pode parecer como orar pelas multidões no shopping, pelo caixa do supermercado ou pelas pessoas em nossa vizinhança. Orar por políticos, nações que estão passando por calamidades ou pessoas nas notícias são maneiras de fazer isso.

Timóteo e os efésios precisavam ver a bondade e a misericórdia de Deus em Cristo e crescer na consciência das pessoas ao seu redor; o Senhor deu a ambos através de Sua Palavra e Espírito. Precisamos do mesmo, e recebemos a mesma Palavra dEle. Deus se deleita em nos ver orando com olhos e corações abertos. Isso o glorifica, é um meio de abençoar muitos e nos ajuda a crescer para sermos mais semelhantes a Ele.


Este artigo foi publicado originalmente na Tabletalk Magazine.

William VanDoodewaard
William VanDoodewaard
O Dr. William VanDoodewaard é professor de História da Igreja no Greenville Presbyterian Theological Seminary, na Carolina do Sul. Ele é autor ou editor de vários livros, entre eles The Quest for the Historical Adam [A busca pelo Adão histórico] e Charles Hodge’s Exegetical Lectures and Sermons on Hebrews [As palestras exegéticas e sermões de Charles Hodge sobre Hebreus].