Não em palavra, mas em poder
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Não em palavra, mas em poder

Nota do Editor: Este é o décimo primeiro de 17 capítulos da série da revista Tabletalk: O reino de Deus.

Os Jogos Olímpicos realizados em Tóquio chamaram a atenção do mundo no verão de 2021. Estas competições não são apenas um momento de orgulho nacional, mas também uma recompensa por anos de trabalho árduo antes de as câmaras serem ligadas. Histórias de probabilidades inacreditáveis foram documentadas ao longo dos anos por indivíduos que superaram probabilidades aparentemente impossíveis para ganhar o ouro.

No entanto, por mais surpreendentes que sejam essas histórias e inúmeras outras semelhantes, nada se compara à realidade da vida dos cristãos convertidos. Em seu estado anterior não regenerado, suas mentes estavam cegas (Mt 15:14), seus ouvidos estavam surdos  (Jo 8:47), seus corações eram insensatos (Rm 1:21), rebeldes em seus desejos (v. 32), mortos em seus pecados (Ef 2:1), e sua linhagem espiritual era satânica (Jo 8:44). Porém, mais tarde, como cristãos, são declarados justos (Fp 3:9), recebem uma nova natureza (Ef 4:24), são uma nova criação (2 Co 5:17), amados por Deus (Jo 14:21), libertados (Gl 5:13), feitos filhos de Deus (Jo 1:12) e coherdeiros com Cristo (Rm 8:17). Como isso é possível? Como pode uma pessoa passar da morte para a vida, do serviço a Satanás para a adoração ao Salvador? Estas não são apenas probabilidades difíceis. São impossíveis. Não obstante, as palavras de Jesus soam verdadeiras: “Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível” (Mt 19:26).

É exatamente desse entendimento que Paulo está falando em 1 Coríntios 4:20: “Porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder.” Paulo está tendo que abordar as mentiras que surgiram depois que ele deixou os coríntios, especificamente sobre o verdadeiro ministério contra o falso ministério. Grandes oradores chegaram à cidade e desencaminharam o povo da recém-formada igreja de Corinto. Mas em vez de dizer às pessoas que provem a veracidade dos seus ensinamentos, ele decide fazer uma auditoria para ver onde está o verdadeiro poder. Agora, lembre-se, Paulo não está elogiando a si mesmo e seu próprio poder. Muito pelo contrário. Paulo se identifica como um servo (1 Co 4:1) e um louco (v. 10). Em vez disso, Paulo aponta o dedo apostólico e dirige a atenção deles para onde o verdadeiro poder se encontra: no evangelho. Ele declarou a outra igreja que era “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16).

Portanto, todos os mestres “sábios” do primeiro século ou os “influenciadores” do século XXI, poupem-nos das suas imagens cuidadosamente selecionadas e das suas frases memoráveis que são publicadas no Twitter, mas não podem ser encontradas nas nossas Bíblias. Vamos falar sobre o verdadeiro poder. Vamos falar sobre o poder de vidas transformadas. Rebeldes que se tornaram adoradores. Fugitivos que se tornaram filhos. Os mortos que foram trazidos de volta à vida. Esse é o verdadeiro poder. Todo o resto são apenas palavras. Suas, não de Deus.

Este artigo foi publicado originalmente na Tabletalk Magazine.

Eric Bancroft
Eric Bancroft
O Rev. Eric Bancroft é pastor na Grace Church em Miami, na Flórida.