Nosso Rei digno de todo louvor - Ministério Ligonier
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Nosso Rei digno de todo louvor

rei

Nota do editor: Este é o décimo segundo de 19 capítulos da série da revista Tabletalk: Sal e luz.

Antes da crucificação e ressurreição de Jesus, muitos participaram do grande drama da redenção. Desde Judas que traiu nosso Senhor até os sacerdotes que o condenaram, cada pessoa desempenhou um papel vital no plano soberano de Deus.

Uma das cenas mais impressionantes é encontrada em Jo 12:1-8. A história começa nos arredores de Jerusalém, em Betânia, o lugar onde Jesus ressuscitou Lázaro. Simão, o leproso, a quem Jesus provavelmente curou da lepra, oferece uma refeição noturna para Jesus em sua casa. Como é típico para uma refeição noturna, os convidados estão reclinados em almofadas macias para facilitar a conversa. A cortesia determina que os servos lavassem e muitas vezes perfumassem os pés dos que festejavam por causa dessa postura reclinada. A conversa preenche o ambiente e entra Maria, a irmã de Marta e Lázaro. Ela aparece com um frasco de alabastro de perfume muito caro de nardo puro.

O perfume teria sido guardado em um pequeno frasco de mármore com gargalo comprido e uma rolha na abertura para liberar algumas gotas da preciosa fragrância. Com conteúdo que valia o salário de um ano, esta garrafa sem dúvida estava protegida e trancada. “Nardo puro” é um óleo essencial aromático não diluído de cor âmbar derivado de uma planta com flor da família das madressilvas que cresce no Himalaia. Com o precioso frasco na mão, Maria dirige-se a Jesus, que está reclinado à mesa. Ela não borrifa algumas gotas de perfume em Seus pés, mas faz o impensável. Abre a garrafa e derrama seu conteúdo na cabeça e nos pés de Jesus, ungindo-os e enxugando-os com os cabelos. João acrescenta: “E encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo” (v. 3).

Judas, que também está reclinado à mesa, fica indignado e começa a comentar que o perfume foi desperdiçado e deveria ter sido vendido e o dinheiro dado aos pobres. Com a mente já decidida a trair Jesus, o coração de Judas está cheio de ganância (v. 6). Jesus repreende aqueles que repreendem Maria: “Deixa-a! Que ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem; porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes” (vv. 7-8). É certo dar aos pobres, mas qual é a sua prioridade final?

Maria fornece um exemplo de ignorar os pessimistas e ser implacável na adoração de Jesus. Apenas alguns dias antes de Sua crucificação, Jesus a abençoou por este ato altruísta de adoração ao prepará-lo para o enterro. Maria é impotente para impedir sua inevitável morte e sofrimento, mas pode oferecer a Ele tudo o que tem em um ato de devoção que é lembrado dois mil anos depois. Jesus afirma que quando o evangelho for pregado em todo o mundo, a adoração de Maria ao seu Rei será lembrada.

Tendo como pano de fundo o traidor, os sacerdotes perversos e os soldados cruéis, está Maria, que deu tudo de si a Jesus em um ato de adoração que aponta claramente para Seu sepultamento e ressurreição. Jesus é o objeto supremo de toda a nossa adoração. O que você tem para dar a Ele?

Este artigo foi publicado originalmente na Tabletalk Magazine.

Dustin W. Benge
Dustin W. Benge
Dr. Dustin W. Benge é professor de Espiritualidade Bíblica e Teologia Histórica no Southern Baptist Theological Seminary em Louisville, Kentucky. Ele é autor de vários livros, entre eles The American Puritans [Os puritanos dos Estados Unidos] e The Loveliest Place [O lugar mais belo].