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Honrar os presbíteros

presbíteros

Nota do editor: Este é o décimo quarto de 19 capítulos da série da revista Tabletalk: Sal e luz.

A beleza da ordem de Deus para a vida cristã e a comunidade brilha no cuidado fiel da liderança da igreja. Em 1 Timóteo, o apóstolo Paulo instrui Timóteo sobre como a igreja deve ver seus presbíteros ordenados: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Tm 5:17). Simplesmente ocupar o cargo de presbítero não é motivo para ser considerado digno de honra, mas presbíteros que servem com fidelidade, e particularmente aqueles que ministram a Palavra, são “merecedores de dobrados honorários” na igreja.

Dar “dupla honra” significa honrar os presbíteros fiéis em seu serviço e honrá-los por meio de provisões financeiras, como fica evidente no próximo versículo: “Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário” (1 Tm 5:18). João Calvino reflete que, se é cruel para um dono deixar de prover o sustento de um animal de trabalho, quão mais intolerável é deixar de pagar os pastores de forma adequada? O apóstolo reafirma isso em suas outras epístolas: “Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui” (Gl 6:6). Quando pensamos em todas as bênçãos que recebemos por meio do ministério fiel, como não sentir alegria em prover generosamente aqueles que cuidam de nós?

Outro aspecto do cuidado com os presbíteros é o cuidado quando críticas e acusações são feitas contra eles: “Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas” (1 Tm 5:19). O ministério fiel do evangelho às vezes resultará em hostilidade. Os presbíteros fiéis devem ser protegidos contra a calúnia, mas também pode haver acusações apuradas contra um presbítero. O padrão bíblico de exigir “duas ou três testemunhas” (que pode incluir pessoas e outras evidências) está em unidade tanto com o ensino do Antigo Testamento (veja Dt 17:6) quanto com o ensino de Cristo nos evangelhos (veja Mt 18:16).

Infelizmente, os perversos às vezes se aproveitam do que se destina a proteger os inocentes para tentar minimizar ou evitar consequências. Erros podem ser agravados por falhas de justiça. A igreja, ao responsabilizar seus presbíteros, deve fazê-lo com amor e fidelidade decidida.

O fato de que os presbíteros são responsáveis na vida e na doutrina é esclarecido por Paulo: “Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos” (1 Tm 5:20). O cuidado fiel dos presbíteros não apenas adverte os pecadores, mas protege amorosamente a igreja e a comunidade. Paulo lembra a Timóteo que um aspecto da disciplina fiel é “para que também os demais temam” (v. 20). Tremer com as consequências do pecado é saudável. Nosso elevado chamado para honrar os presbíteros por meio de cuidado, proteção e responsabilidade é esclarecido pelo mandato final de Paulo a Timóteo no versículo 21: “Conjuro-te, perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade” (1 Tm 5:21). Seguir o chamado de Cristo pelo apóstolo honra a Deus, pois honra o ministério fiel e traz beleza e bênção a todo o corpo de Sua igreja.

Este artigo foi publicado originalmente na Tabletalk Magazine.

William VanDoodewaard
William VanDoodewaard
O Dr. William VanDoodewaard é professor de História da Igreja no Greenville Presbyterian Theological Seminary, na Carolina do Sul. Ele é autor ou editor de vários livros, entre eles The Quest for the Historical Adam [A busca pelo Adão histórico] e Charles Hodge’s Exegetical Lectures and Sermons on Hebrews [As palestras exegéticas e sermões de Charles Hodge sobre Hebreus].