Perguntas frequentes: Declaração do Ministério Ligonier sobre Cristologia

Em 2016, Ligonier lançou O Verbo se fez carne: Declaração do Ministério Ligonier sobre Cristologia. Desde então, recebemos perguntas e comentários e os compilamos em uma lista de perguntas frequentes. Esperamos que as respostas a essas perguntas sirvam às pessoas à medida que continuam a ler a declaração e buscam entender os ensinamentos das Escrituras sobre a pessoa e a obra de Cristo.

O que é “O Verbo se fez carne: Declaração do Ministério Ligonier sobre Cristologia”?

É, em essência, uma declaração concisa de 145 palavras sobre a pessoa e a obra de Cristo. A declaração também inclui 25 artigos de afirmações e negações. Cada artigo tem argumentos bíblicos. O livreto que contém a declaração também inclui uma carta de apresentação escrita e assinada pelo Dr. R.C. Sproul, bem como um ensaio explicativo escrito pelo Dr. Stephen J. Nichols. Quando lançamos o livreto, também publicamos o site ChristologyStatement.com/pt. O site possui os documentos mencionados acima, bem como várias traduções.

Como obter cópias?

A Declaração do Ministério Ligonier sobre Cristologia pode ser baixada grátis em ChristologyStatement.com/downloads.

Quem trabalhou na Declaração de Cristologia?

A declaração é consequência de Ligonier Teaching Fellows, sob a liderança e supervisão do Dr. R.C. Sproul. Contribuições também foram feitas pelo corpo docente do Reformation Bible College e pelo departamento editorial do Ministério Ligonier.

Qual é a expectativa para o uso desta declaração na igreja?

Ligonier não é uma igreja nem um órgão eclesiástico oficial. Somos um ministério que busca servir a igreja fornecendo recursos úteis que o povo de Deus pode usar à medida que cresce como discípulos de Jesus Cristo. Mais de quarenta anos atrás, a Declaração do Ministério Ligonier sobre Inerrância foi um ponto de partida para debates. Esses debates cresceram e levaram à criação da Declaração de Chicago sobre Inerrância Bíblica e ao trabalho do Conselho Internacional sobre Inerrância Bíblica. A Declaração de Cristologia representa o trabalho de ministros do evangelho que se esforçam para reafirmar a Cristologia histórica e ortodoxa. O que acontece depois depende de outras organizações e órgãos eclesiásticos. Desejamos administrar, com fidelidade, os recursos que temos para servir à igreja.

Há a intenção de que esta declaração substitua os credos e confissões da igreja?

De forma alguma. Ligonier tem procurado desde o início de seu ministério apontar à igreja de hoje as riquezas do passado. O primeiro livro do Dr. Sproul foi The Symbol, an Exposition of the Apostles’ Creed [O símbolo: uma exposição do Credo dos Apóstolos] (foi relançado há pouco como Creio: uma exposição do Credo dos Apóstolos). Ele também escreveu uma exposição de três volumes da Confissão de Fé de Westminster intitulada Truths We Confess [Verdades que confessamos].

Esperamos que esta declaração mostre às pessoas as grandes riquezas da fé cristã. Muitas igrejas e denominações têm credos, confissões, catecismos e declarações como parte de sua herança. Ao mesmo tempo, muitos evangélicos nos Estados Unidos e ao redor do mundo não possuem esses tesouros. Se esta declaração chegar até eles, esperamos que ela os direcione para esses recursos históricos de credos e confissões.

Qual é a necessidade urgente de uma nova declaração?

Reconhecemos a enorme importância da pergunta: “Quem é Jesus Cristo?”. Há muitas respostas para essa pergunta hoje, e nem todas são úteis. Queríamos disponibilizar uma declaração concisa da cristologia histórica de uma pessoa e duas naturezas. Além disso, há vários movimentos na atualidade que se afastam de uma compreensão ortodoxa da pessoa e da obra de Cristo, até mesmo no mundo evangélico. Tais movimentos negam doutrinas importantes sobre Cristo e a salvação, incluída a expiação substitutiva de Cristo, a obediência ativa e passiva de Cristo, a dupla imputação e a justificação somente pela fé.

Apreciamos a riqueza dos credos ecumênicos da igreja primitiva, porém também reconhecemos as contribuições substanciais dos reformadores para nossa compreensão da pessoa e da obra de Cristo. A Declaração de Cristologia tenta reunir a riqueza dos primeiros credos e das confissões da Reforma em uma declaração concisa e acessível. Esperamos que a declaração sirva para levar os cristãos contemporâneos de volta às riquezas confessionais e dos credos do passado e ajude a equipá-los para lidar com as negações modernas de doutrinas importantes. Além disso, os desafios do crescimento do islamismo e a decadência moral da cultura ocidental nos impõem a necessidade de clareza e convicção renovadas em relação ao evangelho.

Quais são seus objetivos com esta declaração?

Queremos que esta declaração seja útil para a igreja. Buscamos expressar as riquezas dos credos e confissões do passado, e transmitir acima de tudo a Cristologia de uma pessoa e duas naturezas dos credos da igreja primitiva e os ensinamentos dos reformadores sobre sola fide, sola gratia e solus Christus. E é importante que os cristãos contemporâneos reflitam sobre questões que envolvem doutrinas que estão sob ataque hoje. Esperamos que esta declaração promova clareza e convicção em questões relacionadas à pessoa e à obra de Cristo: questões de enorme urgência para a igreja.

Não seria encorajador ver uma onda de reafirmações doutrinárias de um grande número de ministros, igrejas, denominações, agências missionárias e outros? Se a Declaração do Ministério Ligonier sobre Cristologia gerar algo como a Declaração de Chicago, e a Declaração do Ministério Ligonier sobre Cristologia for uma pequena nota de rodapé na história da igreja (como foi nossa declaração de 1973 sobre inerrância), então teremos feito nossa parte em servir a igreja e a causa do evangelho. Talvez tenha esse propósito. Não sabemos. Estamos contentes em deixar tudo nas mãos soberanas do nosso Senhor.

Por que a declaração é tão breve?

Assim como a declaração de 1973 sobre a inerrância, o objetivo era produzir uma declaração exata e concisa. A concisão do Credo dos Apóstolos definiu o parâmetro. Desde o início, percebemos que a declaração não poderia articular tudo. Também queríamos que a declaração fosse acessível aos cristãos do mundo todo. Os 25 artigos de afirmações e negações expandem os temas e ideias da declaração. Cada um desses artigos inclui argumentos bíblicos. Esperamos que esta declaração de 145 palavras sirva para dar às pessoas uma melhor compreensão dos ensinamentos das Escrituras sobre a pessoa e a obra de Cristo.

Que tipo de comentários vocês têm recebido até o momento?

Antes e depois do lançamento público, buscamos e recebemos comentários. Recebemos muitos comentários positivos. A Declaração de Cristologia já promoveu debates entre vários grupos em muitos locais. Um foco renovado na doutrina de Cristo, em conjunto com uma reafirmação da cristologia histórica do século XXI, serve à causa do evangelho e ao trabalho da Grande Comissão da igreja ao redor do mundo. A acessibilidade multilíngue tem sido um objetivo importante desta declaração. Muitos pastores em vários países nos relataram que esse tipo de declaração é muito necessária. Eles são gratos pelo valor educacional da declaração e apreciam o potencial que ela tem para proteger e promover uma compreensão sólida da pessoa e da obra de Cristo.

Também vimos interações críticas, que são bons exemplos de “como o ferro com o ferro se afia”. Algumas das críticas comentam sobre aspectos que não mencionamos na declaração ou nos artigos. Também houve críticas sobre aspectos que expressamos, desde coisas que poderíamos ter dito melhor até coisas que dissemos que não foram úteis ou estavam erradas. Como um ministério público que divulgou um documento público, não estamos acima de críticas e sabemos que isso faz parte do processo.

Além de divulgar a declaração e o site, quais são os próximos objetivos de Ligonier?

Nosso objetivo é que esta declaração seja um ponto de partida para um diálogo urgente e necessário sobre a pessoa e a obra de Cristo.

Este artigo faz parte da coleção Declaração do Ministério Ligonier sobre Cristologia.

Este artigo foi publicado originalmente em Ligonier.org.