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fevereiro 10, 2025Pequeninos e pequenas ações

Nota do editor: Este é o décimo de 17 capítulos da série da revista Tabletalk: Cristianismo e liberalismo.
“E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos […] de modo algum perderá o seu galardão” (Mt 10:42). Estamos surpresos. Respondemos: “Mas é uma coisa tão pequena, Senhor, um copo de água fria. Por que você reconhece e recompensa isso quando você fez algo tão superior? Você foi até a cruz e deu tudo de Si. Você pagou pelos nossos pecados morrendo e recebendo o castigo que nós merecíamos”.
O que está por trás de Jesus nos recompensar por uma ação tão pequena? O copo de água fria é apenas a ponta do iceberg. Abaixo da superfície está nossa vida passada: um caminho de destruição escolhido por nós. Costumávamos amar a nós mesmos e ao pecado mais do que a qualquer outra pessoa ou coisa. Porém Deus nos escolheu quando éramos inimigos e pecadores. Ele colocou Seu Espírito em nossos corações. Ele nos salvou, e agora transbordamos de gratidão e amor a Ele e ao próximo.
Jesus descreveu uma cena no dia do juízo. Ele chamou Suas ovelhas, os justos, para estarem com Ele. Foram reconhecidos por suas obras. Alimentaram os famintos, deram de beber aos sedentos, vestiram os que estavam nus, acolheram estrangeiros e visitaram os doentes e os presos. Jesus afirmou: “Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25:40). Mas eles não reconheceram o valor dessas pequenas ações feitas a esses pequeninos, pois é exatamente isso que os cristãos fazem no cumprimento de seus deveres. Portanto, não tendem a pensar nelas em termos de galardões. Jesus amava a compaixão deles, porque refletia a dEle. Seu coração está com os menores destes. Ele é um com Seu povo.
Ministrar aos pequeninos não é opcional. Jesus lançou os cabritos, os injustos, no fogo eterno. Foram reconhecidos pela ausência de atos de misericórdia para com os famintos, sedentos, doentes, nus, desabrigados e presos. Jesus também adverte contra ofender os pequeninos, ao dizer que seria melhor para eles que uma pedra de moinho fosse amarrada ao seu pescoço e fossem lançados no mar (Mc 9:42). São advertências sérias.
Quem são os pequeninos entre nós hoje? E que pequenas ações devemos fazer? Os pequeninos são os que ainda não nasceram. Ainda não têm voz, então precisamos falar por eles, defender sua própria existência. Há outros pequeninos em nossas igrejas. São crentes recém-nascidos que estão apenas começando a caminhada de santificação e precisam de encorajamento. São os solitários que precisam ser convidados para nossas casas. São as crianças que costumam ser excluídas por serem diferentes. Precisamos ensinar nossos filhos para serem gentis e incluí-los em seu círculo de amigos. Há pequeninos que encontramos todos os dias em nosso caminho pela vida. Estejamos prontos para dar-lhes uma resposta sobre a razão da esperança que há em nós: a esperança de Jesus Cristo.
Alegria e bênçãos sem fim nos aguardam quando fazemos pequenas ações pelos pequeninos. Não perca essa oportunidade.
Este artigo foi publicado originalmente na TableTalk Magazine.