Apascenta as minhas ovelhas
março 10, 2023A definição de orgulho e humildade
março 14, 2023Pó ao pó
Nota do editor: Este é o primeiro de 18 capítulos da série da revista Tabletalk: O orgulho e a humildade.
A Palavra de Deus nos diz que o Senhor formou o homem “do pó da terra” e “lhe soprou nas narinas o fôlego da vida” (Gn 2:7). Após a queda do homem em pecado, o Senhor disse a Adão: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás” (3:19). É humilhante ser lembrado de que somos pó e ao pó tornaremos. Mas também compreender que o Senhor nos formou e nos fez à Sua imagem deve nos alegrar com gratidão sincera.
Por causa do nosso pecado, não somos tão humildes ou gratos como deveríamos ser. Humildade e gratidão não podem ser separadas, são amigas íntimas. A gratidão nasce da humildade, mas o direito nasce do orgulho. Na essência do pecado de Eva e Adão estava seu senso de direito enraizado em seu orgulho, pois acreditavam que poderiam ser como Deus. Não estavam contentes em ser quem Deus os criou para ser; acreditavam que sabiam mais do que Deus. Esse mesmo pecado está no cerne de nosso próprio pecado e de grande parte do pecado que vemos no mundo hoje. Quando não vivemos como Deus planejou e nos chamou para viver, é porque pensamos que sabemos mais do que Ele. Quando as pessoas do mundo vivem como querem, cometem o mesmo pecado. A diferença é que, enquanto o mundo exibe seu orgulho, nós, como cristãos, devemos desprezar tal sentimento que se esconde em nossos corações e nos arrepender dele.
Há uma guerra dentro de nós entre a carne e o espírito, entre a humildade forjada pelo Espírito e o orgulho. Como cristãos, devemos nos humilhar diante de Deus e orar todos os dias para que Ele nos torne humildes. Esta é uma das orações mais assustadoras que poderíamos fazer, porque Deus frequentemente responde com uma provação que nos humilha e nos torna totalmente dependentes dele.
Oramos por humildade genuína para que Deus receba glória, não para que possamos obter glória por sermos vistos como humildes. A humildade genuína não nos faz parecer humildes, mas esquecer-nos de nós mesmos por causa dos outros. O homem verdadeiramente humilde é aquele que os outros veem como humilde, mas que nem sempre se vê assim, porque seus olhos estão muito fixos em nosso humilde Salvador.
Este artigo foi publicado originalmente na Tabletalk Magazine.