A humildade em esposas e mães - Ministério Ligonier
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A humildade em esposas e mães

Nota do editor: Este é o quinto de 18 capítulos da série da revista Tabletalk: O orgulho e a humildade.

Em Tito 2 , Paulo ensina as mulheres mais velhas a “instruir” as mulheres mais jovens (v. 4) literalmente, para “fazê-las cair em si”. Ele usa uma forma da mesma palavra no versículo 5, onde sua lista de necessidades de treinamento inclui ser “sensata”.

Recuperar o bom senso. Não é aí que começa a humildade para esposas e mães? Uma mãe ocupada tem vinte coisas girando em sua mente ao longo do dia. Adicione as várias emoções, interrupções e surpresas, e é fácil sentir como se nossas mentes fossem tudo menos “sensatas”. Mas parte de crescer na piedade como esposas e mães é aprender como cultivar e manter uma mente sã, particularmente sobre quem é Deus e quem somos em relação a Ele. Esse “pensamento correto” ou “sensibilidade” é a chave para andarmos em humildade ao aprendermos a amar nossos maridos e filhos (v. 4)

A humildade que vem de uma mente autocontrolada começa em Gênesis. Lá vemos que Deus é o Criador e nós somos os criados. Esta é uma verdade muito básica, mas a disciplina de viver à luz dela faz parte da maturidade conquistada com muito esforço e forjada pelo Espírito. Com esta realidade de Criador-criatura como base, vamos ver três maneiras pelas quais esposas e mães podem cultivar a humildade que vem de uma vida em pensamentos corretos.

A HUMILDADE ESCOLHE A SUBMISSÃO

A palavra “sujeitar-se” de imediato nos faz pensar na relação da esposa com o marido. Mas antes de nos submetermos aos nossos maridos, devemos nos submeter ao nosso Criador. Ele é um Deus de ordem que criou Seu mundo para operar de uma determinada maneira. É meu dever como criatura entender da melhor maneira possível como essa ordem funciona em minha vida. Se Ele deu quaisquer instruções escritas — e Ele deu — eu deveria lê-las cuidadosamente e obedecê-las. Sua Palavra mostra de modo claro uma ordem criada dentro da família. O marido é o cabeça da esposa (Ef 5:23), e a esposa deve se submeter voluntariamente a essa liderança e autoridade.

Além de se submeter ao desígnio de Deus para a autoridade do marido, as mães devem se submeter ao desígnio de Deus para a paternidade. Trabalhamos ao lado de nossos maridos para criar nossos filhos “na disciplina e na admoestação do Senhor” (Ef 6:4), uma tarefa nada fácil. Mas porque estamos submetidas ao desígnio de Deus, não recuamos diante dele. Trabalhamos pela fé dia após dia, e confiamos os resultados ao Senhor mesmo quando o treinamento é cansativo, inconveniente ou aparentemente infrutífero.

A HUMILDADE RECONHECE O PECADO

Casei-me com um pecador, e meu marido também com uma pecadora. A humildade tanto no casamento quanto na maternidade requer um pensamento correto sobre o pecado. Como esposa, devo reconhecer minha tendência pecaminosa de me rebelar contra a liderança de meu marido, seja por meio de frieza, manipulação ou pensamentos que não são expressados. Devo me lembrar de quão persistente é o meu pecado restante e estar atento às maneiras sutis de prejudicar o relacionamento. Devo apontar a trave em meu próprio olho antes de apontar o cisco no olho de meu marido. E “haverá” ciscos. Os maridos são líderes imperfeitos que cometerão erros e deixarão de servir como deveriam. O pensamento correto sobre o pecado de meu marido resultará em uma humildade que perdoa livremente, não guarda rancor e se regozija em cada evidência da obra santificadora do Senhor nele.

Para as mães, esse pensamento sólido pode fornecer um belo exemplo de confissão e afastamento do pecado. Quando peco contra meus filhos, em vez de desculpar o pecado, devo reconhecê-lo e humildemente pedir perdão.

A HUMILDADE DEPENDE DO ESPÍRITO

Finalmente, uma mente sensata compreende tanto a importância do crescimento na piedade quanto a “impossibilidade” desse crescimento sem o Espírito Santo. “Recuperar o bom senso” sobre essa total incapacidade de sermos as esposas e mães que Deus nos chamou para ser, muitas vezes nos colocará de joelhos, e clamaremos em oração por aquilo que apenas Ele pode dar e realizar. “Senhor, não tenho certeza de como aplicar o evangelho à desobediência de meu filho. Me ajude! Senhor, discordo de meu marido sobre esta decisão e não sei como expressar minhas preocupações de maneira respeitosa. Dê-me sabedoria!”. Reconheceremos com humildade que oito horas de sono por si só não nos tornarão mães pacientes e que ler os melhores livros sobre casamento não nos tornará esposas piedosas. Precisamos do Espírito Santo para nos dar sabedoria, para expor nosso pecado, para iluminar as Escrituras e para tornar a piedade bela para nós. Ainda bem que nosso Pai se alegra em nos dar esse Espírito.

Este artigo foi publicado originalmente na Tabletalk Magazine.

Tessa Thompson
Tessa Thompson
Tessa Thompson é autora do livro Laughing at the Days to Come: Facing Present Trials and Future Uncertainties with Gospel Hope [Como rir dos dias que virão: enfrentar as provações atuais e as incertezas futuras com a esperança do evangelho].